Se existe alguém que consegue mostrar quanto o aumento da utilização das redes sociais revolucionou várias áreas da nossa vida são os influencers digitais.
Pessoas, cuja carreira, relativamente recente no mercado, deixa claro que quando se fala de likes, comentários, visualizações, referimos o reflexo daquilo que a sociedade está a acompanhar no momento ou por algum motivo a rejeitar.
No entanto, no meio de inúmeras publicações, tentativas de alcance de público-alvo, parcerias, publicações, fica a seguinte pergunta: o que, exatamente, é ser um influenciador digital? Como é a rotina destas pessoas?
Pegando o termo pela sua raiz: digital influencer (ou, traduzindo literalmente- influenciadores digitais), basicamente, são as pessoas que têm o poder de influenciar um determinado grupo de pessoas. Profissionais das redes sociais que conseguem impactar centenas e até milhares de seguidores, todos os dias, com o seu estilo de vida, opiniões e hábitos.
Para desmistificar um pouco mais sobre este tema, a Visiunarte decidiu entrevistar a influencer digital Filipa Nogueira:
1 -Quando nasceu este teu interesse pelas redes sociais? E a paixão de partilhar com os outros as tuas experiências? Bem, desde já o meu muito obrigada pelo convite a ti Maggie e à Visiunarte pela oportunidade que tenho de falar sobre o tema: Influencers Digitais e Redes Sociais. Sendo muito sincera, acho que sempre existiu este "bichinho" dentro de mim pelas redes sociais. Mas comecei-me a dedicar a 100% há cerca de 1 ano. Engraçado, que sempre tive a tendência de partilhar os locais por onde passava, fazia sempre questão de tirar fotografias, mas comecei a perceber que muita gente tinha curiosidade em saber os locais por onde passava e faziam-me imensas questões, ai sim, fez todo o sentido de partilhar com os outros (que acabam por ser tão "meus") e diria que foi há mais tempo, uns 2 anos. 2 - Como te sentiste a primeira vez que uma marca te contactou para fazeres publicidade? Radiante, feliz, concretizada. Toda a dedicação, para mim nesse dia, foi reconhecida e de certa forma recompensada. Lembro-me como se fosse hoje, recebi em casa um colar giríssimo de uma marca que tenho um carinho enorme. Para muitos talvez seja só um colar, mas isto deu-me mais motivação para fazer mais e melhor. 3 - Percebemos que consideras o trabalho de influencers digitais algo positivo, podes-nos dizer qual o maior beneficio de trabalhar com influencers? Nos dias de hoje, eu diria até, mais do que nunca, as empresas apostam muito em nós, nos "influencers digitais". Eu até costumo brincar e digo que sou uma espécie de "influencer". Mas se formos a ver, isto é tudo uma questão de Marketing, ou seja, as empresas contratam ou fazem parcerias com influencers, para aumentarem a notoriedade da marca e para divulgar os seus produtos (bens ou serviços), para alcançar potenciais clientes. Clientes esses, que são os nossos seguidores. Eu através das redes sociais, consigo construir uma relação de confiança com o meu público, aconselho sempre da melhor forma, como se fosse para mim. E quando vejo ou comprovo que o produto ou serviço não é bom, eu sou a primeira a dizê-lo. 4 - Já houve algum trabalho que te tenham proposto e que tenhas recusado? Se sim, porque? Sim, já. Recusei porque não era algo com que me identificasse. Eu para aceitar um trabalho, tenho que gostar e tenho de me identificar, só assim faz sentido. 5- Sabemos que existe algum preconceito quanto aos influencers, podem por vezes ser vistos como pessoas que se aproveitam das marcas, como encaras os preconceitos que podem advir desse tipo de atividade? Infelizmente, o trabalho como "influencer" é muito banalizado. Maior parte das pessoas acham que as/os influencers se querem aproveitar das marcas para ter tudo de graça. Não, isto não é assim e não funciona assim. Isto é um trabalho e eu dedico-me a 100%. Quando fecho parceria com uma marca, é para dar os tais 100%, porque senão for assim, prefiro dizer que não. E está tudo bem com isso. 6- É preciso trabalhar muito até chegar ao teu patamar ou é preciso ter apenas sorte? Não existe sorte sem trabalho. Como em tudo na vida, foi preciso trabalhar e muitooo. Para mim as 3 palavras-chave e que fazem todo o sentido são: insistir, persistir e nunca desistir. 7- Qual a coisa mais absurda que já te disseram enquanto influencer? Sinceramente, a mais absurda foi do género: "Mas quê, achas que vais chegar algum lado por seres influencer? Ganha juízo." 8- Quais os tipos de marcas, ou produtos com as quais te interessa mais trabalhar? Tudo que seja ligado ao desporto e ao bem estar, dá-me um gosto enorme. Por exemplo, tenho parceria com duas marcas que acabam por se complementar, que é a Prozis e o Fitnessup. Como tantas outras, me dão um gosto enorme e fico mesmo muito grata por trabalhar com essas marcas. 9- Consideras que o “mundo” digital possa estar viciado a nível de informação que sai para o público exterior ou achas que o mundo digital consegue ser bastante fidedigno? Acho mesmo que o mundo digital consegue ser bastante fidedigno. É bom haver cada vez mais "Influencers" para dar a conhecer o lado positivo, mas também se existir, o lado negativo, seja do serviço, do produto ou da própria marca. Posso-vos dar um exemplo, quando chega alguma encomenda a casa de parcerias, a primeira coisa que faço é verificar se efetivamente é bom ou não. Dou sempre o meu feedback aos seguidores, não gosto de os enganar. Porque também não gostava que o fizessem comigo.
10- Se tivesses de dar um conselho a quem pretende tal como tu ser influencer digital, o que lhe dirias ou aconselharias a fazer como primeiro passo? O primeiro passo é perguntares-te a ti mesmo: É mesmo isto que eu quero? Se sim, bora lá traçar objetivos para começar. Porque começar do 0, não é fácil mas não é impossível! Basta acreditares em ti, que tudo o resto dará certo. Eu normalmente digo sempre, o não é garantido. Portanto, vamos em frente.
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Se quiser saber mais sobre o trabalho da Filipa Nogueira, basta seguirem a sua página do instagram:
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