A Minha Transformação no Visiunarte: Uma História de Palco, Aprendizagem e Família
- Visiunarte Ateliês

- há 1 dia
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Quando entrei para o Visiunarte, há cerca de quatro anos, nem imaginava o impacto que este projeto teria na minha vida. Era tímida, reservada, quase envergonhada de me mostrar ao mundo — especialmente em palco. Mas bastaram alguns ensaios, algumas gargalhadas partilhadas e a sensação de pertença para perceber que tinha encontrado algo especial. Hoje, quando olho para trás, vejo o quanto mudei. Sou mais confiante, mais segura e, acima de tudo, mais eu.
O Visiunarte tornou-se uma verdadeira segunda família. Aqui, posso experimentar, falhar, tentar outra vez e crescer — sem medo. Em cada ensaio, encontro pessoas que partilham a mesma paixão, a mesma entrega e o mesmo brilho no olhar quando as luzes se acendem. Este é um espaço onde a arte se mistura com amizade, onde aprender se torna natural e onde o coração fica sempre um pouco mais cheio.
Ao longo do tempo, são muitos os momentos que guardo com carinho. As apresentações, claro, são sempre marcantes — aquele nervoso miudinho antes de entrar em cena, a energia do público, o último aplauso. Mas também o convívio, as conversas nos bastidores, as partilhas espontâneas, as piadas internas que só nós entendemos. Cada espetáculo deixa uma marca; cada ensaio tem um detalhe especial que se entranha na memória.
A nível pessoal e artístico, sinto que evoluí imenso. Deixei para trás a timidez e, com ela, todos os medos que me prendiam. Aprendi a expressar-me com mais verdade, a confiar na minha voz, no meu corpo e na minha presença.
Uma das experiências mais desafiantes foi interpretar a Sophie Preguiça em Cats — afinal, nunca tinha sido um gato! Mas foi tão divertido quanto transformador, e ensinou-me a abraçar o inesperado com leveza e humor.
Na minha perspectiva, ver novas pessoas a entrarem no projeto é sempre refrescante. Trazem uma energia nova, ideias diferentes e lembram-nos do quanto crescemos enquanto grupo. Faz-nos perceber que o Visiunarte está vivo, em constante movimento, sempre a acolher, sempre a expandir.
Para quem está agora a começar, deixo o conselho que eu própria gostaria de ter ouvido: aproveitem cada momento. Não tenham medo. Acreditem no vosso potencial, mesmo quando parece pequeno. Não deixem que a vergonha vos roube oportunidades.
Se existe algo que realmente torna o Visiunarte diferente de qualquer outro coletivo artístico é o ambiente. Aqui existe apoio genuíno, amizade verdadeira e um acolhimento que nos faz sentir em casa desde o primeiro dia. Trabalhamos juntos, aprendemos juntos, rimos juntos — e às vezes choramos também, mas sempre acompanhados.
E quando penso em toda esta trajetória, em tudo o que vivi e cresci, numa palavra apenas, só há uma que faz sentido: transformação. Porque foi isso que o Visiunarte fez comigo — transformou-me. E continua a transformar-me, espetáculo após espetáculo, ano após ano.
Autor: Sofia Teles





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